Dentre os maiores atentados à vida destaca-se sobranceiro o aborto. Trata-se de um crime de tal modo hediondo que averiguando as defesas levantadas em seu favor, verificamos que elas não conseguem se sustentar.
Alguns alegam que a mulher é dona de seu próprio corpo, por isso são elas que devem dar o veredicto se devem ou não prosseguir com uma gravidez. Ora, é o óbvio ululante que a mulher é a dona de seu próprio corpo, afinal ela se faz pessoa nele. Entretanto, a vida nela gerada não é uma extensão de seu ser, mas outra hipóstase (substância). Logo, esta não tem poder de decisão sobre a vida fecundada que não é seu o corpo, e, sim, está nele.
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão insiste em colocar o aborto como caso de saúde pública como tantos outros problemas como é a dengue, a raiva, a mortalidade infantil, problemas que se conseguem combater com algumas medidas preventivas e programadas.
O aborto não é um caso de saúde pública. De forma alguma, o ministério que assume o cuidado com a saúde nacional pode pretender resolver uma questão, como a do aborto, arvorando-se como juiz e deixando um direito universal, que é o direito à vida, ser decidido subjetivamente.
Caso a saúde pública cuidar é promover políticas que incentivem a paternidade e maternidade responsável, não estas que patrocinam e estimulam o sexo livre e irresponsável, distribuindo preservativos e contraceptivos à custa do dinheiro público. Como sempre, procura-se o caminho mais fácil e menos oneroso.
Afinal é mais simples estimular o adolescente a dar vazão aos apelos sexuais, escudados pelos preservativos, do que conscientizar sobre a responsabilidade que deve acompanhar o uso de sua genitalidade, coisa distinta da sexualidade e que envolve dados antropológicos, fisiológicos e psicológicos. Esta dimensão formativa exogoria do sistema de educação mais afinco na formação e requereria uma interdisciplinaridade maior, consequentemente mais gastos e acuidade na formação dos jovens.
Argumentos descabidos são ainda lançados no debate público. Entre eles, a defesa do aborto como modo de reduzir a criminalidade. Citam dados, ‘comprovam’ com estatísticas. Alardeiam que países, como EUA, após aderirem ao aborto tiveram redução de criminalidade em alguns estados. O pensamento funciona deste modo: numa favela, ou área subdesenvolvida uma criança abortada é menos um marginal em potencial na sociedade.
Além de determinista, a linha de pensamento é preconceituosa contra os pobres e moradores de regiões pouco favorecidas. Tal raciocínio só não é mais absurdo que o fato de haver defensor para ele.
Na prática ignominiosa do aborto a violência ganha relevância pelo fato dos pais, que têm a função de defender a prole, tornarem-se os carnífices verdugos dos mesmos.
A pátria que permite o extermínio de seus filhos, ainda no ventre de suas mães, colherá a curto ou médio prazo as conseqüências desastrosas de sua deliberação, como um contingente expressivo de mães lotando cada vez mais as clínicas psicológicas.
Outro resultado negativo da legalização do aborto é o possível aumento da violência. A sociedade que legaliza matar um indefeso neutraliza e entorpece a consciência de seus cidadãos tornando-os ainda mais abertos à indiferença para com o outro. E onde prevalece a indiferença, a violência surge como produto conseqüente.
2 comentários:
Obrigado pelo envio do endereço de seu Blog !!! Prometo acompanhá-lo, doravante. E vou, sim, opinar !!! Por oportuno,ficaria contente se você se pronunciasse sobre os seguitnes dizeres de seu Deus. Ele assim se pronunciaou certa vez:
“Se um homem vender sua filha para ser ESCRAVA, esta não lhe sairá como os escravos. Se ela não agradar ao seu Senhor, que se comprometeu a desposá-la, ele terá de permitir-lhe o resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, pois será isso deslealdade para com ela. Mas, se a casar com seu filho, tratá-la-á como se tratam as filhas. Se ele der ao filho outra mulher, não diminuirá o mantimento da primeira, nem os seus vestidos, nem os seus direitos conjugais. Se não lhe fizer estas TRÊS coisas, ela sairá sem retribuição, nem PAGAMENTO EM DINHEIRO. Fonte: Êxodo.
Que tal, meu caro blogista ?! Você, se casado fosse, faria isso com uma FILHA sua ?! Chato essas palavras, não é mesmo ?! Pois, é, é assim o seu deus, afora ser, também, HOMFÓBICO ao extremo. Pra ele, só vale se for MACHO, MULHER, como vês, é coisinha insignificante !! Está na bíblia !!! Mas ELE é ainda, pestilento, homicida, infanticida, belicoso etc. etc. Voltaremos depois de seus comentários !!! Mas sem fundamentalismo; com razão (no sentido de dicernimento, claro!!) !!!Prof. Célio Andrade.
Caro Célio, você apresenta trecho de um texto vétero-testemamentário. Como sabes nenhum texto pode ser lido e comprendido ao pé da letra. Por trás desses versículos existe toda uma realidade cultural e familiar, próprios daquela época. É muito arriscado pinçar partes das escrituras sem contextualizá-los.
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