Entendemos que o ser humano, homem e mulher, possuem dignidade que o eleva sobre todos os seres vivos. Esta posição privilegiada do homem frente à realidade existente não deve ser compreendida como justificativa para domínio indiscriminado do meio ambiente, mas ao contrário, tal condição imputa-lhe grande responsabilidade.
Como parte constitutiva e primordial dessa dignidade da pessoa humana está o direito inalienável à vida, que este, recebe ao ser fecundado e o acompanha até a morte.
O avanço da técnica, o progresso da genética, as descobertas no campo da inteligência artificial, o desenvolvimento da robótica, naturalmente exercem no homem, sobretudo na comunidade cientifica, estupor e fascínio. No entanto, todas estes avanços devem estar a serviço da vida e de modo algum podem converter-se em ameaça à ela.
O homem sendo o único ser que tem consciência do próprio saber tem inscrito em seu íntimo o valor evidente da vida e junto a esse valor possui singular responsabilidade por sua guarda.
A pessoa possui valor em si mesmo e tal estima jamais poderá ser atrelada a alguma realidade que se encontre fora dela. Quando se inverte esta perspectiva o resultado é catastrófico: criamos uma sociedade à beira da auto-destruição capaz de eliminar sua célula fundamental, ou seja, o próprio homem.
O valor do homem não se encontra no que ele faz ou na impossibilidade de poder fazê-lo. Ela é inerente à sua constituição. Trata-se de um dado ontológico que deve ser levado em consideração sob pena de graves danos à sua existência, como a possibilidade de não vir a existir como ser, num corpo.
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