Confissões

Nesta página vou partilhar sobre a leitura do livro Confissões de Agostinho de Hipona.


  •  06/12/2012 - Infância 
Agostinho passa a fazer memória de sua infância (Confissões 8). Recorda que " [as crianças] inconscientemente me informaram daquilo que eu tinha sido, melhor do que os meus competentes educadores".  São linhas que revelam sua influência neoplatônica. Recordei que havia estudado sobre isso na filosofia. Agostinho havia lido Plotino. Neste trecho é possível detectar até a influência da teoria da transmigração das almas, não como crenças, mas como questionamento a Deus sobre se ele já teria vivido antes de sua existência.

É inevitável que durante a leitura não nos lembremos de nossa infância tal é a riqueza com a qual o santo de Hipona revela em sua escrita. Ao final, talvez, chegaremos à mesma conclusão de Agostinho, a de que Deus estava conosco em nossa infância, sempre.

  • 05/12/2012 -  "32 anos"
A  providência divina age em nossa vida nas grandes e nas pequenas coisas. Apresenta-nos pessoas, situações e até livros, tudo para nos fazer aproximar do amor cativante do bom Deus.

Na peregrinação que fiz por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Madrid na Espanha, neste ano (2011) fui tocado em alguns momentos pela graça de Deus e algo que ficou forte foi uma espécie de "segunda conversão". O "tarde te amei" de Agostinho ressoou de modo forte certa vez que rezava na Basílica de São Pedro. Vi que era possível, Deus não restringe seu amor ao tempo e quando menos esperamos nos arrasta para Ele. 

Tenho cultivado a graça transformadora que recebi naqueles dias de encontro com Cristo e seu representante, o papa Bento XVI. 

Semana passada comprei dois livros, o moto próprio de Bento XVI que decreta 2012 o ano da fé, um tema muito especial e que foi também central durante a JMJ. No documento como bom agostiniano que é Bento XVI cita Agostinho e justamente faz uma citação do livro Confissões obra que comecei a ler posteriormente.

O livro relata a experiência de vida deste homem que teve uma experiência transformadora com Cristo, encontrou a fé e a verdade que sempre perseguiu. 

Das primeiras páginas chamou-me a atenção quando logo na introdução é citada a crise fundamental através da qual  Agostinho encontrou Cristo  e aderiu à fé. Ele tinha 32 anos. Esta é a idade que terei no próximo ano , tempo que escolhi para retornar para Deus de um modo mais incisivo comprometendo minha existência, quebrando minha rotina.

Não sei o que acontecerá mas confesso que estou confiante pois sei "em quem coloquei minha confiança". Nesta jornada de segunda conversão encontrei um amigo do céu que pode apontar-me a senda que leva à  verdade e à fé.