21 de mai. de 2009

O INCALCULÁVEL VALOR DA HONESTIDADE

Notícias como a do caminhoneiro Valdir Costa dos Santos, de 41 anos, que encontrou R$ 17 mil em um posto de gasolina e devolveu a quantia para o proprietário, facilmente cai no esquecimento, raramente ocupa prime time das emissoras. Relatos como estes, conseguem extrair bem de dentro de nós os sentimentos mais nobres e com eles eleva-se também a certeza que podemos fazer o mesmo. Sentimo-nos encorajados a fazer o bem.
Como Santos ainda poderíamos citar o jovem Fagner Tamborim, entregador de jornais que encontrou e devolveu um malote com R$ 6 mil que encontrou em uma rua em Pirajuí. Um motoboy de Brasília, Irislon Lopes, encontrou US$ 6 mil numa agência bancária, montante devolvido na delegacia. Já a catadora Irene dos Santos foi à casa da auxiliar de corretora Andressa dos Santos devolver os R$ 56 em dinheiro e documentos que encontrou durante seu trabalho
Em cada episódio acontecido em suas vidas assim comentaram respectivamente seus protagonistas: "Apenas pedi para ele orar por mim e por minha família que já estava bem pago”, "Faz parte da minha personalidade, da minha pessoa. Eu não quero o que é dos outros". Irene, a catadora não aceitou a recompensa oferecida por Andressa, doou o dinheiro recebido para a cooperativa da qual fazia parte.
Em comum nestas histórias atitudes responsáveis carregadas de honestidade; de pessoas que aprenderam bem cedo valores que por si mesmos sobrepõem-se ao desejo exacerbado do ter. Tornam-se pela vida mestres de muitos mestres, doutores e políticos que estando à deriva de seus impulsos e incrustados na maldade apropriam-se dos bens que não foram multiplicados pelo suor de seu labor.
Todos estes e uma infinidade de anônimos merecem ser lembrados com louvor por suas ações, como Charles, gerente de processamentos de depósitos por envelope do Banco do Brasil, no qual fiz um depósito, cujo montante foi superior ao que informava no envelope depositado no caixa eletrônico. Enquanto viajava para o Acampamento de Jovens Shalom recebi sua ligação informando-me de minha distração, neste caso, bendita distração que revelou-me um honesto.
Ainda no mesmo dia, outra distração remediada pela atitude honesta de Isabel Sugette Bruno, fornecedora do Acampamento: devolveu-me valor pago a mais que poderia ter passado despercebido. Para completar, ao amanhecer, ainda meio atordoado, escuto da rádio do Acamp´s o seguinte aviso “você que estava sentado próximo à coluna do lado do palco e perdeu cinco centavos... eles estão aqui!”, informou o locutor, variando o tom da voz entre o sensato e o ridículo.
Diante dos fatos concluí que a honestidade é virtude concernente ao sujeito e não ao valor do objeto, sejam eles cinco centavos, dez ou cem reais. Claro como qualquer outra virtude que precisa ser regada e cultivada, seus frutos precisam ser colocados à vista de todos para regalo.
A honestidade não deveria ser a exceção, mas o ordinário, mesmo que pareça um sonho e pareça de todo irrealizável. Imaginemos o quanto ajudaria nosso país, homens e mulheres, sobretudo os que assumem responsabilidade pública, terem inimizade à desonestidade. Tenho certeza, tudo seria bem diferente e todos seríamos bastante agradecidos. Aprendamos com os Charles, as Isabel e tantos outros anônimos o incalculável valor da honestidade.

Um comentário:

Ingrid disse...

Esses últimos posts me encheu de esperança.

Que bom!!!
Bjsss