Comercialmente analisando o Big Brother Brasil 9 é um primor. O programa vai render cerca de R$ 280 milhões para a Rede Globo. Com um único programa a emissora vai faturar o que a Rede Tv! arrecada durante um ano. O programa está repleto de merchandising e teve que ser prorrogado seu término para que pudesse atender todos os patrocinadores.
Por outro lado, em termos de audiência o programa registra queda, uma média de 16%. Será que as pessoas estão se dando conta da importância de seu tempo? Talvez. O certo é que as pessoas cansam de programas vazios, sem conteúdos sólidos. Nem a edição de ponta do programa devolver o seu fulgor de outrora.
Mesmo com a queda de audiência o programa é líder e atinge uma parcela considerável da sociedade. Na casa, vence aquele que for mais esperto; o que melhor sabe articular, arquitetar. Vale tudo. Pelo o premio prometido os participantes não medem esforços.
E na vida que imita a arte, porque esta influencia aquela as pessoas seguem – direitinho - o ensinamento do programa. Aproximar-se somente de quem é interessante, de quem não se gosta é melhor não chegar perto. Para destruir o outro deve-se fazer alianças e para entorpecer a consciência boas doses alcoólicas.
Mas nada se compara á pena que se pode lançar as pessoas das quais não gostamos: colocar no paredão e eliminar. Parece até um ritual de guerra. Os passoa são seqüenciais.
Primeiro trata-se o outro como inimigo, após arregimenta-se alguns coleguismos com intuito de colocar no paredão e lá dá a sentença impiedosa: eliminar. O outro deve ser banido, deve sumir, pois é diferente e logo é tido como ameaça.
A cultura big brother é impiedosa e espalha um ensinamento politicamente incorreto. Claro, a edição de ponta do programa, o fascínio por acompanhar a vida do outro parece sedar a consciência na construção de um raciocínio mais apurado e objetivo que consegue enxergar e discerni o que é mau e vem travestido de bem.
Vanderlúcio Souza
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