É farsa |
A Internet propaga milhões de informações que se espalham de modo rápido. No Facebook já tem se tornado popular - e chato - a divulgação de campanhas a busca de compartilhamentos de fotos de crianças doentes.
Nestas peças costuma-se informar que por cada compartilhamento o enfermo em questão recebe ajuda. Tudo é mentira. O Facebook não realiza esse tipo de campanha e a maioria das imagens reproduzidas são montagens ou descontextualizadas.
E-farsa
O site e-farsas especializou-se em desmontar as mentiras e mitos que circulam na internet. O site é passagem obrigatória para quem deseja desvendar algumas imagens inusitadas que aparecem na rede.
Um exemplo
A imagem acima já foi vista por milhares de pessoas, circula na rede desde 2007. Em uma das mais recentes aparições no Facebook o texto que acompanha a foto informa que se trata de uma campanha de arrecadação de fundos para esta criança que sofre de câncer.
Veja o que E-farsa revela:
O bebê mostrado na fotografia está com uma doença conhecida como Hemangioma.
De acordo com esse site especializado no assunto, hemangioma é uma formação benigna de capilares e vasos sanguíneos. É um tipo de tumor que ocorre com mais frequencia na infância e em 5% dos nascimentos. Na grande maioria dos casos, o tratamento é feito com aplicação de laser no paciente e a cura é satisfatória (na verdade, ficam algumas seqüelas e cicatrizes no local!).
A foto não é nova
Na verdade, a imagem do bebê com a deformidade que está circulando atualmente pelas redes sociais não é recente. Encontramos postagens da mesma foto em 2007, como nesse site (em árabe).
A criança se chama Samuel e nasceu no Vietnã e foi adotado em 2005. Hope Cantu Ettore, mãe adotiva do pequeno Samuel, explica que o garoto – agora com 7 anos de idade – passou por quatro reconstruções faciais, além de uma cirurgia no olho. Segundo o pesquisador Steve Williamson, a coloração que aparece nas mãos e no pescoço de Samuel na imagem é o resultado de um dos tratamentos médicos.
Como está o bebê atualmente?
O pequeno Samuel cresceu e está muito bem, obrigado! Podemos ver uma foto dele no álbum da sua família no Facebook.
O ato de repassar esse tipo de corrente existe há muito tempo na web. Há 9 anos, o E-farsas pesquisou uma história de outra criança com câncer. Na época, a notícia avisava que para cada e-mail repassado uma garotinha ganharia alguns centavos para ajudar em seu tratamento. Nem é preciso falar que o texto era falso, não é?
Hoje em dia, os métodos usados para repassar esse tipo de corrente mudaram: são “compartilhadas” e “curtidas” no Facebook, “retuitadas” no Twitter, etc.
Não sabemos quais são as reais intenções de quem inicia uma corrente desse tipo, mas atrapalham em muito a vida do internauta que, muitas vezes, acaba repassando a informação falsa achando que está fazendo o bem.
Conclusão
Não repasse esse tipo de corrente. O Facebook não está ajudando ninguém com nenhum tratamento.
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