Desde criança sempre gostei de comunicação. Acredito que por influência de meus pais. Lembro--me que por volta de cinco anos eu gravava algumas músicas num aparelho antigo que eles tinham, que funcionava a pilha.
Aliás energia elétrica vim ter na minha casa quando tinha 7 anos. Até então o meio de comunicação principal era o rádio a pilha. Gostava de durante a noite buscar sintonizar emissoras de outros estados. Achava fascinante.
Assim que foi instalada a energia em nossa casa no interior do munícipio de Morrinhos (Poço Branco) parecia um cinema. Ela encheu de vizinhos, todos querendo assistir à tv. Jornal e horário eleitoral eram muitos esperados e comentados, notícia a notícia, promessa a promessa. Depois vinham as novelas e demais programas como Viva o gordo, Chico Anysio, etc.
Junto com meu irmão imitávamos os apresentadores do jornal Nacional, improvisávamos uma bancada, segurávamos algumas folhas e 'apresentávamos' o jornal. Nosso pai era um telespectador assíduo de nosso telejornal.
Por volta dos doze anos descobri um ótimo lugar para brincar de rádio e tv. Em nosso quintal um pé de cajarana frondoso serviu de base para criar diversas programações. O tronco da antiga possuía um concha em sua ramificação no qual me sentava e ficava horas e horas.
Foi quando inventei uma rádio. Em minha imaginação ela teria que AM e FM e em seu nome deveria possuir estas letras. Depois de um longo tempo enfim achei o nome para a emissora, estava começando então a rádio Fama AM e FM ( fAMa e FaMa).
Depois de criada a Rádio a tarefa era elaborar uma programação para as duas e foi o meu empreendimento. Respeitando as diferenças criei a programação que era exigente e cumpria 24 horas, sendo que nos finais de semana aprentava outra grade.
Depois das rádios foi a vez de uma amissora de Televisão. Levou a mesma alcunha das rádios e ali surgiu nomes de programas que anos depois vejo na programação das televisões atuais, talve por sua obviedade. Um deles é o terceiro tempo, outros não recordo no momento.
Comecei a descobri também a escrita e me pus a escrever 'livros'. Todos apenas começados. Tinha o tragi-romance Milton e Cléa, o drama Eu e meu Eu e um que me detive muito em pesquisa, não recordo o título mas tratava-se de uma história mirabolante, destas fantasiosas com direito a velho sábio, cidade imaginária, jovens aventureiros e uma montanha tenebrosa.
Num momento de desatino até hoje inexplicado para mim mesmo, no ano 2000 queimei os cadernos ns quais tinham todas estas anotações. Contudo o gosto, a afinidade para os meios de comunicação não ficaram nas cinzas. Cresceram e até hoje me acompanham, agora amadurecidos a pocurar ainda de maior conhecimento, técnica para assim cumprir minha missão.
Imagem: Esse é o pé de cajarana que eu me sentava e escrevia.
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