10 de mar. de 2009
Movimentos cíclicos da vida
Vanderlúcio Souza
28 de fev. de 2009
O retorno do Rei

clique em cima da imagem para ler o texto.
Sabe que de qual obra foi extraído esse trecho? Pois é, foi da Obra O Senhor dos anéis - O retorno do rei, de Tolkien. Caso você queira ter essa obra na memória do seu PC, gratuitamente, deixe seu e-mail nos comentários e em breve você estará recebendo-a.
Vanderlúcio
27 de fev. de 2009
Um dos melhores escritores do século XX, C S Lewis, ainda é pouco conhecido no Brasil. Se você ainda não teve a grata oportunidade de ler suas obras, tem agora a chance de ouvi-lo na rádio BBC de Londres. O vídeo ACIMA é o Lewis falando sobre oração, numa de suas palestras feitas na rádio. Dessas palestras, surgiu o livro Cristianismo Puro e Simples. Por Alexandre (orkut, comunidade cs lewis).
26 de fev. de 2009
A Campanha da Fraternidade traz em sua 45ª- edição aborda a temática fraternidade e segurança pública, tema de extrema importância e relevância nos dias atuais em que se observa o crescimento da violência em todos os seus níveis e com ela os requintes de crueldade.
A campanha da fraternidade, situada na época da quaresma conclama todos a refletir e dar uma resposta a essa onda sangrenta que avança sobre a sociedade. Trata-se de um problema de todos e não apenas de algumas instituições ou das autoridades.
Sobre a questão da falta de segurança pública não se pode pensar que o problema seja resolvido somente com mais aparato policial nas ruas ou criando medidas punitivas mais rigorosas.
A Igreja faz a sua parte em lançar o apelo e desenvolver projetos que podem iluminar os órgãos públicos em várias dimensões. Sua presença, ainda que velada ou pouca compreendida é constante no meio penitenciário, na defesa da vida, na recuperação de adictos da droga e ressocialização de egressos do regime penitenciário.
É hora de unir forças, somar idéias, dar concretitude às palavras. Através do diálogo, o novo nome da caridade, segundo o memorável João Paulo II , se pode construir um novo na sociedade.
Para se obter êxito nessa Campanha é imprescindível o empenho de cada um, pois sem ele a roda não gira,atravanca e atrasa deste modo o verdadeiro progresso da humanidade, aquele que é interior; que brota das salubres relações inter-pessoais.
A violência nasce, antes de tudo, no coração do homem. Contudo, também a paz nasce nesse mesmo coração. Temos, então, na comparação bíblica Paulina o homem velho e o homem novo que se digladiam dentro de si. Vence, no entanto, aquele a quem dermos maior força. Essa é uma excelente oportunidade de darmos vitória ao homem novo que traz consigo o diálogo, o respeito, a concórdia e a misericórdia.
Vanderlúcio Souza
23 de fev. de 2009

Quem acompanhou os noticiários dos últimos dias puderam assistir, ver ou lê a notícia que o presidente Lula distribuiu camisinha no Sambódramo. A agência O Estado assim inicia a divulgação do fato, “Entregue ao espírito do carnaval, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez apologia do sexo seguro no Sambódromo do Rio ao distribuir camisinhas (...)”, prossegue a matéria, “Ao lado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, Lula atirou cartelas de preservativos em direção ao público.” Em seguida o fato é explicado. Pasmem! “Segundo o ministro, foi a primeira-dama, Marisa Letícia, que, involuntariamente, transformou o presidente em garoto-propaganda da campanha do Ministério da Saúde para o carnaval. Marisa se queixou ao ministro de que a cesta de utilidades do banheiro do camarote dos convidados do presidente e do governador tinha de tudo, menos camisinha.”
Após a queixa da senhora primeira dama uma ação tática é montada, acompanhem: "Liguei para Sérgio Cortes (secretário de Saúde do Estado do Rio), e ele me trouxe várias, logo abasteceram os camarotes com muitas camisinhas", disse Temporão. Em seguida o ministro da saúde incentivou o presidente a jogar cartelas de camisinha para o público. Porém, antes de jogar, “Lula guardou alguns no bolso para brincar com Cabral”. Isso mesmo que você leu, o presidente da república, um homem público sabedor que suas ações são olhadas por todas as lentes, “guardou alguns no bolso para brincar com Cabral”.
Incentivar o uso da camisinha é incentivar a prática do sexo livre, algo inaceitável, pois suas consequências são desastrosas.
O presidente - que se gabou certa vez de nunca ter lido um livro por inteiro - desconhece a ação do colega presidente da Uganda, Yoweri Museveni. Este país conseguiu, através de uma agressiva campanha de abstinência sexual e apelo à fidelidade nas relações, diminuir a taxa de contaminação pelo hiv.
Pelo noticiado dar para imaginar o que acontece de liberalidade sexual entre os frequentadores desse camarote, pois se não fosse assim a sra. primeira dama não haveria se preocupado tanto com os kits do banheiro do camarote. Como vimos o ministro da saúde foi acionado e, também, o secretário de saúde do estado...
Pelo visto as festas gregas perdem feio...
Fica aqui o meu repúdio a essa atitude do presidente e sua primeira dama.
Vanderlúcio Souza
21 de fev. de 2009

Era uma noite fria e tempestuosa. Carol dirige-se ao quarto de Camila, filha caçula que temia os relâmpagos e trovões que maltratavam aquela noite solitária. Parada à porta a jovem mãe observava na penumbra a linda criança que dormia tranquilamente. A criança chamava-se Camila, nome que sempre sonhou em colocar na primeira filha. Um sorriso desponta de seus lábios e ali naquele lugar começa pensar.
A jovem mãe lembrava-se de outra noite também tempestuosa em sua vida. Era fevereiro de 2006. Carol e os amigos tinham escolhido passar o carnaval em Jeri, no litoral cearense. Ainda no carro comentava com sua amiga Bruna: "esse final de semana promete...", disse mascando o chiclete, revirando a bolsa e mostrando para a colega o 'kit', dito, indispensável para os dias de farra, que continha entre outras coisas, camisinhas.
Estas lembranças de Carol foram cortadas bruscamente por pancadas fortes na porta. A chuva intensificou-se. A mãe apavorada tomou em seus braços Camila. Quieta e atordoada a pequena de bochechas rosadas e olhos claros olhava a mãe aflita e dizia-lhe sem parar: "Mamãe não me abandone!”
Um estrondo ainda maior fez-se ouvir. Carol aterrorizada e pressionando-se contra a parede ouvia passos fortes e velozes vindo em sua direção. A jovem não acreditava na imagem à sua frente. Tratava-se de uma espécie de porco selvagem que rosnava ferozmente e aproximava-se com suas presas afiadas e olhos arregalados, fixos em sua filha.
O selvagem animal impiedosamente arrancou a pequena Camila de sua mãe que definhando até o chão, emudecida assistiu toda cena. Catatônica observava as mãos salpicadas de sangue e o ladino animal que calmamente saía do quarto. Ouvia-se do lado de fora da casa algazarra de festa que abafava o choro de Carol e seus histéricos gritos.
Um estriduloso barulho rompeu-se no quarto.
"Calma Carol, calma! Você teve um pesadelo, acalme-se." disse Bruna, amiga de Carol apertando-lhe contra o peito.
Carol suava incontinente. Soltando-se de Bruna corre ao banheiro e puxa da gaveta uma cartela de comprimidos desfalcados de pílulas do dia seguinte. Com o olhar fixo para o nada, arriando-se até o chão lembrava-se do pesadelo e perguntava para si mesma qual daqueles comprimidos havia roubado-lhe Camila naquele carnaval.
Vanderlúcio Souza
artigo publicado no jornal O Povo, hoje (20).
Fortaleza a cada ano se firma como a capital dos retiros de Carnaval. Eles acontecem em escolas, clubes e ginásios, na grande maioria são promoções das Novas comunidades e Renovação Carismática Católica.
O evento mais consolidado da categoria é o Renascer que já acontece há mais de vinte e cinco anos. As músicas, a alegria e as motivações dos animadores contagiam o público que descobre nessa opção diferente de Carnaval uma alegria nova, tem sua fé robustecida e conhecem uma esperança inabalável.
O Renascer deste ano traz como tema principal a Palavra de Deus. Escutá-la e por em prática seu ensinamento é a senha de sabedoria para o homem moderno, este que, tantas vezes, mesmo em meio ao avanço da técnica e absorto diante de suas inúmeras descobertas encontra-se de certo modo carente de sentido de vida, ora parece faltar-lhe um vetor que o oriente rumo á felicidade que busca.
O Renascer é uma excelente oportunidade para quem deseja experimentar algo novo e inaudito. Ao final do encontro para cada um, a surpresa de descobrir-se muito amado e para todos a renovada certeza que podemos protagonizar um mundo, fazendo despontar, assim, a tão sonhada civilização do amor.
As benesses do Renascer são concretas: pessoas que saem da depressão, jovens que iniciam um caminho de abandono das drogas, famílias que são restauradas, ódios que são desfeitos. Enfim, a cultura da Paz, do perdão, do diálogo arregimenta uma multidão de novos de multiplicadores, entre os quais pode estar você. Então sinta-se convidado a Renascer no Carnaval.
Vanderlúcio Souza
http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/856630.html
15 de fev. de 2009

‘Não existe felicidade e sim, momentos felizes’, disse-me Roberto, amigo de infância, numa conversa amistosa depois de sua viagem aos países nórdicos.Continuamos o assunto relembrando o tempo colegial e as farras de final de semana que nos proporcionou conhecer boa faixa do litoral cearense.
Roberto levou-me ao computador e mostrou-me as fotos de seu último aniversário. Rindo-se soltando um sorriso forçado deixou escapulir o comentário– percebi - com uma ponta de angústia: ‘um de meus momentos felizes...’
Daí para frente o papo tomou outro rumo.
Roberto com voz arrastada, além do normal, confidenciou-me seu estado de decepção, ‘desde a adolescência alimentava o sonho de morar só, consegui uma estabilidade, viajar meio mundo...e taí...fiz tudo...procurei o que sempre quis, adquiri tudo, ao mesmo tempo me parece que não encontrei nada”, confidenciou-me.
Disse-lhe enquanto clicava sobre as demais fotos, ‘Sabe Roberto, eu não viajei tanto quanto você e nem tive as suas mesmas oportunidades, mas cara eu descobri algo muito importante...’ Roberto interrompe-me friamente, ‘por favor véi,tu ainda tá nessa, eu já sei o que tu vai falar e sabe muito bem que eu N- Ã- O - A -C -R -E –D- I -T -O em nada disso cara, por que você insiste nesta ilusão de acreditar em Deus caramba!?’
Repliquei no mesmo instante: ‘Ah! tá, ilusão o que eu acredito Roberto, mas tu não acha que ilusão é o que tu buscou e encontrando, taí... esvaiu de suas mãos como água, sumiu como fumaça’.
‘Por isso eu não procuro mais, eu descobri que o importante é o agora Paulo. Não existe um depois, um pra quê. Sabe, – encravando as mãos nos cabelos crespos – assim se vive muito melhor ’, revelou meio perturbado.
‘Vive é!? Ah! Tu chama isso de vida, cara isso é sobrevida. O problema é que você procurou fora de você e outra, você quer culpar Deus...’
Mais uma vez interrompeu-me Roberto: ‘Eu sinto muito Paulo, mas esse papo tu sabe que sempre termina assim, depois a gente se fala’, despediu-se.
Ao volante Roberto lembrava-se do dia de sua primeira comunhão. Recordou que naquele dia, na sacristia Monsenhor André, um religioso amigo da família, o puxou para o canto e ao apontar para o crucifixo disse-lhe, ‘sabe Roberto às vezes a vida parece uma grande confusão. O importante é nunca deixar de acreditar. ’ O idoso e sereno sacerdote Puxando do bolso deu-lhe um cordão com um pequeno crucifixo, o mesmo que ainda trazia consigo e puxava do bolso, franzindo a testa e batendo forte as mãos ao volante.
Ao chegar a casa encontrou um pequeno livro num invólucro muito bem feito, presente de uma amiga da antiga turma da faculdade. Abrindo-o, leu aleatoriamente o trecho que dizia, ‘podemos nos enganar facilmente pensando, como a maioria das pessoas, que a felicidade é uma seqüência de alegrias contínuas. É engano comum a busca ávida pela felicidade, tornando absoluto o que é relativo, fazendo dela um substituto de Deus.’
Ainda meio confuso com tudo aquilo Roberto liga para Paulo e desconcertado pergunta: ‘O que você diria se eu dissesse que gostaria de acreditar... ?’
Paulo, resoluto e despontando um sorriso, num fôlego só, comandou: ‘tô passando agora aí, vamos pra um lugar ali.’
Paulo e Roberto estão entre os milhares que já cruzaram o portal do Ginásio no qual acontece o Renascer 2009.
Dias 22,23 e 24 de fevereiro participe de um retiro de carnaval. Em Fortaleza participe do Renascer, no Ginásio Paulo Sarasate, entrada franca. A partir das 8h30.
Vanderlúcio Souza

Rui, Guanes e Rostabal. Estes são os nomes dos três irmãos do conto O Tesouro, de Eça de Queiroz, literato da língua portuguesa. Bem pequena, a história da trinca fraterna revela o reverso do coração humano, o que este é capaz de fazer quando afoga-se nos mares da maldade.
Certa vez, o andar pelas terras de Roquelane, a tríade consangüínea achou um velho cofre que conservava três chaves. Ao abri-lo, um incêndio de ouro e pedrarias invadiu a visão dos moços. Ao estupor da descoberta entreolharam-se desconfiadamente, mas chegaram a um consenso: a peso de balança dividiriam o tesouro encontrado; antes, porém, escolheram Guanes para ir à cidade vizinha, a fim de comprar víveres e três botelhas de vinho, afinal estavam esfaimados e precisavam comemorar o achado.
À ausência do irmão, Rui, num argumento ludibrioso e ladino enlaça Rostabal e convence-o, ao retorno de Guanes, tirar-lhe a vida para que pudessem dividir somente entre os dois o ouro.
“Ambos se emboscaram por trás de um silvado, que dominava o atalho, estreito e pedregoso como um leito de torrente. Rostabal, assolapado na vala, tinha já a espada nua. Um vento leve arrepiou na encosta as folhas de álamos [...] Rostabal rompeu de entre a sarça por uma brecha, atirou o braço, a longa espada; — e toda lâmina se embebeu molemente na ilharga de Guanes, quando ao rumor, bruscamente, ele se virara na sela. Com um surdo arranco, tombou de lado, sobre as pedras.” (Eça de Queiroz, Contos, O Tesouro. Ediouro:1996)
Com o coração entregue à vileza, Rui não dá trégua à sua maquinação malévola; traiçoeiramente perpassa a folha de sua navalha nas costas de Guanes que encontrava-se de bruços, lavando o rosto respigado de sangue do irmão Rostabal.
Cego pela maldade e seduzido pelo brilho das pedrarias que incandesceu sua mente, Rui passou a solver em goles lentos o vinho trazido por Rostabal, agora inerte ao lado do outro cadáver, o de Guanes.
O desejo exacerbado e mórbido pelo poder, também havia encontrado alojamento no coração de Rostabal. Ao comprar os víveres na cidade, adquiriu somente duas botelhas de vinho nas quais misturou veneno letal comprados no comércio numa cidade vizinha de Roquelane. Numa armação arquitetada também planejava ficar sozinho com o tesouro encontrado.
Diante do cofre cheio de dobrões de ouro achava-se estendido à mercê das aves carnívoras os corpos inertes de Rui, Guanes e Rostabal, vítimas da própria ganância.
Quando li esse conto trágico, cujo desenrolar não trata de unidade, aprendi pela via negativa que, ao quebrarmos a unidade, colocamos em risco a vida de nosso irmão, a nossa própria e a da comunidade da qual pertencemos.
Quando o vetor orientador das relações são, apenas e somente, sentimentos superficiais ditados pela concupiscência, encontram entrada larga a indiferença e o individualismo, braços indolentes que arremessam a pessoa como pássaro à rocha, deixando-a arquejar no próprio sangue.
Somente a graça de Deus pode gerar comunhão, a perfeita Koinonia, a comunhão da Trindade, contínuo derramar e acolher de amor que é paciente, prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, regozija-se com a verdade, do outro, tudo desculpa, crê, espera e suporta” (Cf: I Cor 13,3-8).
Os movimentos de inveja, ganância e individualismo como fortes vagas fizeram quedar mortalmente Rui, Guanes e Rostabal. A fuligem da maldade degustou seus corações, cegou-lhes a visão, empederniu até mesmo o fato de serem filhos do mesmo sangue.
Diante de nossos irmãos, a Caridade de Cristo é a única virtude que pode permear de bondade e proteger-nos dos arrancos selvagens de nosso coração contra a doação. Esta Caridade é possível e a história dos três irmãos de Roquelane poderia ser diferente, a começar se o autor do conto acreditasse no Autor do amor, doador da Caridade fraterna.
Vanderlúcio Souza

Ao longo o avistei. Tratava-se de uma construção fabulosa. A luz do sol banhava-o fazendo resplandecer em suas paredes altaneiras beleza e harmonia irradiantes. Seu formato recordava-me um diamante, suas linhas arquitetônicas concêntricas avultavam uma característica inusitada: o Castelo não possuía teto.
Desejei adentrá-lo.
Embrenhei-me na mata fechada que separava-me da esplendorosa construção. Pondo-me em marcha multiplicaram-se as dificuldades .
À pouca distância de chegar às portas do castelo observei que monstros horripilantes precipitavam-se uns sobre os outros. Eram figuras hibridas e zombeteiras. Por uma fração de segundo transluziam um semblante de beleza, no entanto, efêmeros, esmaeciam como véu desvelando a realidade que se tinha por trás. Um dos monstros, repleto de olhos espalhados em seu corpo aproximou-se e com uma garra afiada perpassou meu antebraço. Seus vários olhos piscavam numa disritmia alucinógena.
Em meio aos seus rosnados pavorosos escutei o seu nome: ‘dispersão’, assim chamou uma outra criatura, esta era velhustra, envergada e trazia envencilhado às costas um pesado embrulho. Murmurava litanias que evocava desespero e noutros momentos esbravejava imperativos imprecatórios: ‘você não vai conseguir’, ‘isto não é para você’, ‘veja só quem é você’. A esta última frase mostrou-me uma foto minha enlameada.
De seus lábios ressequidos e virulentos ouvi um riso entrecortado por lances de tossidos que alteavam à medida que fazia quedar minha cabeça.
Olhando o chão putrefato, cheio de visgo enxerguei algo inaudito, um filete de água mui límpida e transparente. Ao observar melhor percebi que vinha dos rumos do Castelo. Isto foi o suficiente para que eu erguesse novamente o olhar. Fixei-me na porta de entrada do Castelo, encimada dum emadeiramento com a epígrafe: “NUNCA DEIXE A ORAÇÃO”.
O agouro dos monstros aumentou e com ele o furor. Joeiravam maus dizeres eivados de ódios e votos mórbidos. No entanto, uma voz interior distinguia-se das demais e como um vetor orientava-me, encorajava-me e conduzia-me: “não pares, Eu sou a porta, Eu te escolhi, prossiga”.
Ao chegar aos umbrais da porta os percebi respingado de sangue. Uma paz de efeito inenarrável envolveu-me e fez-me compreender que nunca devo deixar a vida de intimidade com o Senhor. Descobri ali que a oração precisa ser perseverante.
É no Senhor que devo fixar-me e não nos meus pecados e fraquezas que tentam por primeiro esvair a reserva preciosa da oração.
Vanderlúcio Souza
13 de fev. de 2009
Olá, tudo bem?
Estava pensando e comecei a observar que o mundo de hoje é marcado pela superficialidade. Só importa o agora, as manchetes, o que é quantitativo e não qualitativo. Nessa perspectiva enumero algumas constatações de análises superficiais que rotulam deste modo as realidades e pessoas:
Jesus Cristo não passa de um mero pacifista, como tantos outros, ou um psicólogo (dizem que o maior de todos os tempos), ou um administrador, um líder, diga-se, servidor. Estas análises possuem alguns resquícios de verdade, porém incompletas.
Madre Teresa de calcutá foi uma mulher de filantropia e só. A diferença entre ela e a princesa Daina nenhuma, dizem os comentários míopes.
São João da Cruz, santa Tersa de Jesus e outros místicos da Igreja como avaliados como loucos, esquisofrênicos na linha da psicologia moderna quando na verdade eram pessoas de profunda vida de oração e comunhão com as pessoas.
Os cristãos que hoje vivem a radicalidade do evangelho e dizem não aos contra valores são taxados de alienados. João Paulo II mesmo considerado o homem do século nunca recebeu o Nobel da Paz, isso porque não coadunava com os métodos contraceptivos artificiais.
Virtudes como a humildade, honestidade, pudor, justiça parecem soar muito mal na boca e o pior, nas ações de nossos coetâneos.
Dizem os superficiais que qualquer religião serve, o que importa é falar de Deus. Mas sabemos que não é bem assim.
Rejeita-se acreditar em uma verdade absoluta, em um Deus criador enquanto multiplica-se a crença em duendes, elementos da natureza e outras crendices primitivas.
Quando lembrar de mais coisas torno a postar. Até mais!

A natureza chora.
Eu, com ela pranteio
Sua chuva, lágrimas de tantos
Ao longe, ouço o trovão.
Tão perto, escuto uma voz.
Conforta-me! Folga-me!
Não temas, eu estou contigo.
Refulgio-me ,abrigo-me,
A chuva deságua torrencialmente.
Quieto,silencioso,
Incólume permaneço, qual pássaro à fenda da rocha
A chuva precisa cair.
Eu, enquanto ela cai,
Necessito esperar".
9 de fev. de 2009

A dinâmica de nossa vida é muito interesaantante. Ela se dá no tempo,e, este, irremediavelmente não pára, passa, passa muito rápido e com ele aquilo que vivemos. Fica somente o essencial, aquilo que é transitório, acessório não consegue sequer deixar espectros, embora estes queioram apavorar, mas só conseguem por alguns momentos.
Amadurecemos, crescemos, abrimos os olhos para novas realidades e, de repente, quando nos deparamos com situações similares a outras já vividas temos, enfim, a oportunidade de tomar uma decisão diferente da anterior, caso aquela não tenha sido a melhor. É, tudo passa, mesmo.
O papa Bento 16 disse na segunda-feira (22/12/2008) que “salvar” a humanidade do comportamento homossexual ou transexual é tão importante quanto salvar as florestas do desmatamento.
“(A Igreja) também deve proteger o homem da destruição de si mesmo. Um tipo de ecologia humana é necessária”, disse o pontífice em seu discurso na Cúria, a administração central do Vaticano.
“As florestas tropicais merecem nossa proteção. E os homens, como criaturas, não merecem nada menos do que isto”.
A Igreja Católica prega que, embora a homossexualidade não seja um pecado, os atos sexuais são. Ela se opõe ao casamento gay e, em outubro, uma importante autoridade do Vaticano chamou a homossexualidade de “desvio, irregularidade, ferida”.
O papa disse que a humanidade precisa “ouvir a linguagem da criação” para entender os papéis de homens e mulheres. Ele afirmou que os comportamentos que vão além das relações heterossexuais são “a destruição do trabalho de Deus”.
Ele também defendeu o direito da Igreja de “falar sobre a natureza humana como homem e mulher, e pedir que esta ordem da criação seja respeitada”.
A eperança não decepciona, a esperança cristã, aquela que é uma substância, como diz o papa Bento XVI. Ela traz o futuro para o presente, nos apresenta a eternidade como de fato ela é. Além de nos revigorar as forças no nosso cotidiano fastidioso, assim escreve o pontíficie: "uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho."
7 de fev. de 2009
Uma das experiências mais difícieis de ser enfrentada é a prova da dor. O homem moderno busca a todo custo anestesiar-se, entrar numa espécie de catarse, na qual a dor seja banida. Daí passa a perseguir uma vida dada ao prazer, exclusivamente. Mas fato é que é dor é inerente à condição humana, bem como o sofrimento.
Também é importante que fique claro que ela (a dor) não deve ser buscada por si só, isso seria cair no masoquismo, aliás, uma comprrensão errônea de como se encarar a dor e que cresce entre as pessoas.
Acredito que todos podem comprovar que após uma experiência de sofrimento, vivida com o mínimo de maturidade somos de alguma forma renovados. Algo em nós muda, reluz, alicerça-se.
Havia um filósofo, Heráclito, que tinha como máxima a epígrafe que "uma pessoa não pode entrar duas vezes no mesmo rio", isso porque as águas, sempre correntes, impediriam tal acontecimento.
Guardando as devidas ressalvas quanto ao pensamento do filósofo, em parte existe razão em sua afirmação. Não podemos passar por um sofrimento e permanecer o mesmo, bem como não enfrentamos experiências de dor semelhantes da mesma forma, sempre algo em nós é mudado, modificado.
É bem certo que ao atravessar o rio de águas revoltas somos tomados de medo, incerteza e outros sentimentos que nos impedem de fixar a visão na margem seguinte. Lá está a segurança, a terra firme.
Podemos chegar ao outro lado do rio e quando necessário fazer o caminho de volta sabendo que não somos os mesmos, pois estamos mais maduros, experientes, versados na dor, acrisolados no sofrimento, resistente à fuligem da desventura, cheios de uma bravia e resoluta decisão de ser melhor, de acertar o alvo.
2 de fev. de 2009
Luz chegou à terra de Roca ainda na juventude, aos 140 anos. Um lugar aparentemente calmo, convidativo à permanência. Seus habitantes à primeira vista eram calmos e amistosos.
Em Roca, o continente era dividido em três níveis..O primeiro,localizado no topo habitavam os seletos. Lá estava a energia que movia toda engrenagem das outras duas esferas. A segunda esfera era um pouco afastada da primeira, contudo existiam vínculos estreitos entre as duas realidades. Já na terceira esfera os seus habitantes olhavam extasiados para os das outras duas e ficavam a suspirar quando poderiam atingir um dos andares superiores.
Luz ignorava por completo o que existia além dos muros de Roca. Nesta cidade embrenhou-se e nela viveu, ao todo, uns 130 anos.
Qual não foi o choque do moço o sair da primeira esfera.
Maior ainda foi o espanto de descobrir que existia vida além de Roca.
Aparentemente vencido por Artenisio, o insidioso, Luz foi deportado ao vale das lágrimas. Um lugar cortado por regatos e habitado de um silêncio sepulcral. Ouvia-se apenas o barulho das águias e uma onomatopéia de soluços produzidos nas pequenas montanhas. Não existia dia ou noite, era iminente a escuridão. Um clima frio e nebuloso permanecia e envolvia o moço.
Ao sair, uma das primeiras vezes aos arredores de Roca, a cidade que parecia o paraíso perfeito, Luz encontrou Tchiane, uma circense, na opinião dos moradores de Roca, uma infeliz. Tchiane gostava de agradar, ao jovem Luz deu-lhe uma bola e um gato, presentes de sua raça.
Luz suspirava noite e noites lembrando-se de Roca. A imagem da terra que idealizara desfazia-se como a fumaça ao vento. Com a alma marcada pelo sofrimento o jovem sabia que tinha muito o que aprender. Uma das coisas era descobrir que perfeição não existia em Roca. Aliás, isso ele sabia, só não considerava a verdade.
(...)
Em breve confira a continuação deste conto-crônica. Quer saber mais sobre Roca? é só deixar sua pergunta ou comentário aqui no Blog.
26 de jan. de 2009
Jovem é mantida como refém pelo ex-namorado em apartamento, no bairro Santo Amaro, São Paulo. O desfecho da história foi trágico e o Brasil acompanhou o caso passo a passo e perg
untou-se, de quem foi a culpa? Uns dizem que foi da polícia, devido à má condução nas negociações e invasão do cativeiro; outros afirmam que a culpa foi da imprensa pela forte exposição do caso tornando o jovem delinqüente no “príncipe do gueto”, como ele mesmo afirmara; outros ainda afirmam que a culpa foi da família por ter deixado a jovem namorar com um rapaz bem mais velho.
Outra barbárie noticiada, também
Afinal, de quem é a culpa por tanta violência? Seria a falta de policiamento? Ou o descaso do poder público ao negligenciar políticas para a juventude? Seria a falta de emprego e oportunidade para o empreendedorismo? Ou o próprio meio social violento no qual estão inseridos boa parte da população?
A resposta a todas essas questões ainda não esclarecem a verdadeira causa de tanta violência. Caso todos os problemas sugeridos nas perguntas acima fossem solucionados, ainda assim a violência continuaria a ceifar vidas, pois ela nasce dentro do coração do homem.
O homem e, consequentemente, a sociedade que retira Deus de seu horizonte é o culpado pelo crescimento da barbárie. Quando os olhos cambiam do essencial para o secundário, automaticamente, perde-se a noção de valor, de respeito e da ética. Daí vê-se surgir uma sociedade despersonalizada e contraditória na defesa de seus interesses. Esta é capaz de penalizar quem destrói ovos de tartarugas ao mesmo tempo em que luta pela descriminalização do aborto; chora os filhos tragados pelas drogas e, concomitante é a favor da legalização da maconha; É contra a pedofilia, mas erotiza os infantes e defende o sexo livre, cada vez mais cedo.
Quando a pessoa retira de sua vida a esperança e a certeza da existência da vida eterna, perde-se a persistência em se fazer o bem, logo, não tem valor aquilo que está fora de meus interesses, forma-se em então um ambiente propício à violência e sua proliferação.
Agora, quando Deus faz parte do sentido de vida de uma pessoa e de uma sociedade o bem é possível e se este é possível o homem pode tornar-se ainda mais quem ele é, um ser racional, capaz de Deus, logo, capaz de amar, de superar limitações, de doar-se.
O amor também nasce no coração do homem e só ele pode suplantar a violência. Temos, portanto, duas realidades que se digladiam dentro de si, vence aquela a quem mais dermos força. Cabe a cada um escolher e decidir-se amar para acabar com a violência.
Vanderlúcio Souza
25 de jan. de 2009

19 de jan. de 2009
À frente de sete legiões, ou 50 mil soldados, confiou demais na superioridade numérica de suas tropas. Abandonou as táticas militares romanas e tentou atacar simplesmente - na ânsia de chegar logo ao inimigo, cortou caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas do vale, então, foram ocupadas pelos partos e o exército romano foi dizimado - quase todos os 50 mil morreram, incluindo Crasso.
16 de jan. de 2009

12 de jan. de 2009
Na linguagem dos delinqüentes uma frase caracteriza o início de sua ação: “Isso é um assalto vagabundo”. Para o meriante vagabundo é o outro, na maioria das vezes uma pessoa honesta e trabalhadora.
Uma faca, um revólver ou outra arma torna-se o respaldo da honra do bandido em sua ação. Nela ele põe sua segurança; arroga-se de credor da vítima e deste rouba-lhe por primeiro a liberdade em seguida os bens.
Devido a onda crescente de violência vemos a sociedade divide-se entre as pessoas de bem e os bandidos, marginais. Contudo o objetivo deste artigo não é dividir binariamente a sociedade nestas duas classes, mas ressaltar que, também, as pessoas ditas, de bem, muitas vezes agem com certa honra de bandido.
Quando se atrela o valor da honra a algo exterior ao sujeito como a um cargo, uma função, uma informação e se isso é utilizado contra o outro, pouco a pouco a pessoa deixa de ser aquele cidadão de bem que imaginava o iludia-se ser.
À direção de um carro, por exemplo, uma pessoa pode sentir-se melhor em detrimento às demais o que não é verdade.
A honra de bandido faz pensar que se é melhor que o outro absoluamente. Faz pensar que todos são nossos devedores.
Tal perigo assola todos os segmentos da sociedade, inclusive, o religioso. Alguém pode sentir-se mais próximo de Deus pelo cargo, chamado ou serviço prestado. Quando isso possui o coração da pessoa ela enxerga o próximo como um menos favorecido pela graça, erro crasso.
Nossa honra tem seu valor naquilo que somos, e todos são dignos de terem-na respeitada. A honra não cresce ao lhe agregar elementos exteriores ao sujeito.
O mandamento primaz de Jesus, ama teu próximo como a ti mesmo, encerra em seu imperativo o dever de honrar o próximo, bem como o direito de ter sua própria honra respeitada.
Nesta perspectiva a honra adquire seu valor objetivo que está ligado à condição da filiação divina, portanto, bem diferente da perniciosa e ilusória honra de bandido.
Vanderlúcio Souza
11 de jan. de 2009

Foi terrível chegar ao final e assitir aquele desfecho.
3 de dez. de 2008
“O TEMPO EM SANTO AGOSTINHO E PASCAL”
Luiz Henrique de Araújo*.
O tempo presente, este modo de tempo em que o homem capta a si mesmo como um eu sou, este não pode ser medido. Logo, esse tempo não pode ser medida do movimento, tal como sustenta Aristóteles, pois, posto não haver nada que suceda ao eu não há movimento algum.Assim, pode-se sustentar que o tempo[1] presente para Santo Agostinho é vestígio da eternidade, pois o presente é atual.Em Pascal temos dois conceitos que nos ajudam entender a sua antropologia, são eles: o Tédio e o Divertimento.O homem antes da queda adâmica tinha uma relação amorosa com Deus, contemplava Deus face a face. Após a queda, o homem querendo igualar-se a Deus rompe esta relação amorosa.A partir disso, surge no homem um vazio, vazio este que ele irá durante sua vida buscar preencher com muitas coisas e com um amor desmedido a si próprio.Este amor desmedido, Pascal chama de orgulho. O orgulho faz com que o homem transforme seu amor a Deus para um amor desmedido a si mesmo.Perdendo seu verdadeiro objeto de amor, ou seja, Deus, o homem acaba não encontrando nada que o satisfaça. Porém, o homem conserva dentro de si à vontade de conhecer e de ser feliz. Na própria alma humana há uma capacidade infinita de amar devido o seu primeiro estado, estado anterior a queda onde o homem contemplava Deus.Portanto, para Pascal o tédio é esse retorno para si, para o interior do homem, onde ao voltar para o seu interior, este lhe mostrará suas misérias, ou seja, aquilo que ele realmente é. Dessa forma, o eu pascaliano é insuportável ao homem. Sendo este eu humano insuportável ao homem, pois ele nunca poderá estar em repouso, ele quer tudo possuir e dominar para preencher este grande vazio que se instaura em seu interior.Para fugir do Tédio o homem cria eus imaginários. Este, sempre está se apresentando com as suas qualidades para assim se passar como se fosse um deus, sendo admirado por todos. Pois senão se apresentar com as suas qualidades não será amado e assim não estará na estima alheia, logo, cairá no tédio, visto que sua felicidade depende da estima alheia, pois o mais belo lugar do mundo para o homem pascaliano é estar na idéia do outro. É a admiração do outro que faz com que o homem esteja feliz.Com o eu imaginário o homem trabalha incessantemente para que sua imagem esteja sempre na idéia do outro e para que a mesma não se apague. Dessa forma, o eu acaba sendo escravo da sua própria imagem.Desse modo, pode-se perceber que o eu imaginário, subterfúgio que o homem usa para não ver o que realmente é, não quer observar e assumir suas misérias, fraquezas e imperfeições. Com isso, distante de Deus este homem nunca cessará de cair e sempre trará dentro de si a necessidade de divertir-se, pois esta é a condição necessária para fugir do tédio. Em seu interior e em seu exterior haverá uma inconstância enorme, ou seja, um momento estará no tédio e em outro no divertimento.O presente nunca satisfazendo o homem, faz com que o mesmo fuja deste, pois se ficar neste, cairá no tédio e este é insuportável ao homem.O divertimento, por sua vez, é uma forma privilegiada do homem desviar o olhar de si mesmo. O homem pascaliano, portanto, é aquele que se diverte, teme e se assombra com a pequena duração de sua vida e do seu pequeno lugar no espaço em comparação com a eternidade.Segundo Pascal, é somente através do divertimento que o homem é consolado de suas misérias, porém para ele o divertimento é a maior miséria do homem, visto que no divertimento o homem deixa de considerar aquilo que ele realmente é.É somente com o divertimento que o homem tem alegria ilusória. O homem pascaliano recusa o presente, o agora e espera viver, ser feliz em um tempo futuro. O presente e o passado são meios que ele utiliza para ser feliz num tempo futuro.
Santo Agostinho e Pascal: Aproximações.Para Santo Agostinho, somente quando o homem capta que é (que existe), neste tempo que flui e o leva ao nada, ou seja, a morte, ele experimenta o próprio ser divino, a eternidade. Colhendo-se no agora que é vestígio da eternidade, descobrindo-se como um “eu sou”, o homem vive o seu presente experimentando a eternidade.Já em Pascal, o homem nunca está satisfeito com o presente. Sempre está lembrando do passado e pensando no futuro, fugindo assim do presente que para ele é insuportável.Pascal se utiliza do divertimento para fugir do presente (do agora) e se lançar no futuro, visto que este homem não suporta um repouso (tédio) e devido a isso quer estar a todo instante no divertimento, visto que esse é mais prazeroso para ele.Em Pascal aparece o que chamamos o tempo da graça. É com o auxílio da graça divina que o homem sai do seu estado concupiscente, desse modo, é somente a graça que torna o homem verdadeiramente virtuoso. Pois a graça faz com que o homem possa se lançar na caridade. A caridade não é nada mais do que a antecipação da eternidade, uma vez que só a caridade começa nesta vida e continua na outra. Portanto, para Pascal, o homem necessita da caridade para viver o presente, pois esta faz com que o mesmo já possa experimentar ainda neste mundo a antecipação da eternidade.Também Santo Agostinho acentua a necessidade da caridade. Para ele, a caridade é viver segundo a graça divina, ou seja, ser embebido da vida divina. Dessa forma, estando na graça o homem ama o próprio amor e, portanto, também antecipa a eternidade.Enquanto a caridade (graça divina) faz com que o homem antecipe a eternidade nesta vida, para Santo Agostinho o homem experimenta esta mesma eternidade da seguinte maneira: no retorno a si e na ascensão do seu interior a Deus, descobrindo-se como um “eu sou” e com a graça divina: a caridade é já a vivência do que será a eternidade neste mundo de escoamento constante.
“O TEMPO EM SANTO AGOSTINHO E PASCAL”
Por Luiz Henrique de Araújo*
Santo Agostinho no Capítulo XI da sua obra Confissões, faz uma análise acerca do tempo, ressaltando o seu aspecto psicológico, ou seja, a maneira como nós o apreendemos, a noção do antes e do depois que as coisas gravam em nossa alma.Segundo ele, o tempo tem início no ato criador de Deus, ou seja, quando o mundo começou a ser, a existir. No ato de falar de Deus fomos criados. Podemos comprovar isso no livro do Gênesis.Somente quando o tempo está decorrendo é que posso percebê-lo e medí-lo, pois não se pode medir o tempo passado que já não existe ou mesmo o futuro que ainda não chegou.Ao invés de afirmar: passado, presente e futuro, Santo Agostinho nos diz que a maneira correta de afirmar isso é: a lembrança das coisas passadas, a visão presente das coisas presentes e a esperança das coisas futuras.O tempo para Santo Agostinho não é outra coisa senão uma distensão da alma, ou seja, é a existência do eu no tempo.O tempo é tempo porque passa, pois senão passasse já não seria tempo, mas sim eternidade.Se para Santo Agostinho o tempo é a distensão da alma, ou seja, é a existência do eu no tempo, pode-se perceber que o

29 de nov. de 2008

Por este período a cor da vez é o vermelho e um personagem surge de todos os lugares, espelha nas vitrines, é dependurado como enfeite, é atrelado às guirlandas nas portas e mesmo sob um sol inclemente, como o do Nordeste, desafia-o com suas roupas polares contra o frio e chega inclusive a receber as chaves de cidades. Trata-se do bom velhinho de barbas brancas e longa que se tornou o símbolo oficial da grande festa do dia 25.
O cândido velhinho recebera suas vestes vermelhas e brancas adicionado de um gorro no final do século XIX, graças a uma peça publicitária de marca de refrigerante mundial e de lá para cá só conseguiu angariar simpatia. Aos poucos escanteou o verdadeiro sentido de uma festa tão bela e de significado profundo. Noel tornou-se representante de um Natal deformado e anemizado.
Costuma-se colocar como substrato do personagem a figura de são Nicolau, bispo, que viveu no início do Cristianismo, mas de há muito tempo distanciou-se Papai-Noel de nosso santo.
Entanto,

A mentalidade desta época incute já nas mentes infantes que só merece presente quem tiver sido bom menino ao longo do ano, mentalidade impiedosa interpretada pelos adultos e assumida como máxima em seus relacionamentos que prodigaliza de bens exclusivamente os seus pares. Não há mais lugar para o perdão e para o acolhimento do fraco, para quem pensa dentro dos rígidos parâmetros desta concepção.
Em contrapartida ao velho, carinhosa e perigosamente

Enquanto o velho sugere simplesmente receber, como gesto de satisfação o Novo nos abaliza a senda do doar-se, única capaz de nos levar à perfeita felicidade, desejo de todo homem; O velho alça vôo em sua carruagem esplendente enquanto o Novo toca a terra com sua pobreza salvífica; O ancião epulão que remete a uma vida de mandriice incentiva a todos, através de sua milícia vista à exaustão nas lojas, esquinas e comerciais de TV a enfiarem-se nas compras dos mais diversos produtos, afinal não precisa pagar agora, já o Menino Deus, abandonado nas mãos de José e Maria testemunha a providência divina que cuida daqueles que se fazem como criança e que esperam tudo d seu beneplácito.
Na escuridão da noite desce às escondidas pelos telhados e chaminés o velho barbado, enquanto que o Novo pretende declinar-Se às profundezas do coração do homem, endurecido pelo egoísmo, individualismo e relativismo. Um tanto de gente é tragada pelo pensamento artificioso que reduz o Natal a uma mera festa pagã, cujo verdadeiro significado é estilhaçado anualmente.
Nesta batalha vence o homem orante, que através desta postura consegue discernir o que é velho e o que é Novo dentro de si. Este homem compreende a necessidade de contemplar a encarnação do Verbo para entender a si próprio e compreender o imenso amor de um Deus que se fez homem e se encarnou no seio de uma Virgem, Nossa Senhora.
Enquanto o velhinho embrenha-se numa terra gelada, subtraída de luz, o Menino Deus resplandece glorioso dissipando e acalmando a mais violenta das intempéries, transformando a pior condição de inverno que possa encontrar nossa alma em alvorecer de um novo dia assim como Ele mesmo o foi para a humanidade que permanecia na morte.
Na história do Menino Jesus lemos que Herodes, cujo mausoléu foi encontrado neste ano, ao ter notícia de seu nascimento buscou matá-lo. O velho encheu-se de medo de um Menino e a única saída encontrada foi o extermínio deste, não poupando inclusive de dizimar milhares de inocentes para saciar seu desejo mórbido de apagar da história Aquele do qual asseveravam os profetas era o Rei, o messias esperado.
O velho Noel parece persistir na mesma intenção do velho Herodes e a perseguição ao Menino, que é o Novo de Deus, a nossa própria salvação intensifica-se. Cabe aos cristãos resistir, primeiro pela oração, pela contemplação do mistério da Encaranação que revela o imenso amor de deus por cada um de nós.
Em segundo lugar se nos é exigido uma consciência critica e cara acerca das realidades que nos cercam e não poucas vezes tentam nos roubar do essencial. Não deixemos que o velho neste Natal nos impeça de ver o novo; Não permitemos que o receber sobreponha-se ao doar-se e que o clima frio e artificial sufoque a Luz e a naturalidade própria do Natal do Senhor, o Novo.
Vanderlúcio Souza
9 de nov. de 2008
Em todas as ép

Com a mesma fúria o ciúme tomou posse de Lindemberg, o jovem metalúrgico que cruzou o limiar da criminalidade ao fazer refém sua ex-namorada e amigos. O Brasil assistiu ao seqüestro das jovens torcendo por um final tranqüilo, o que não aconteceu.
A ilha de Chipre em "Otelo" foi o palco da história de final sangrento; em Santo André foi um apartamento de um conjunto habitacional. Nele, durante mais de 100 horas a jovem Eloá permaneceu sob a mira de um revólver.
Algumas mídias insistiram em apresentar Lindemberg como um criminoso incomum, um tanto quanto inofensivo, pois não exigia moeda de troca em seu crime passional. Isso causava a sensação que terminaria tudo bem. Teria sido esse pueril raciocínio que fundamentou a atitude da polícia em liberar a jovem Nayara a voltar ao cárcere, coisa, aliás, proibida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente? Seria ainda por essa inconsistente lógica que os policiais invadiram o apartamento sem artilharia letal, apenas com munição de borracha?
Se a mídia, a polícia e a população nutriam grande certeza que Lindemberg não fosse capaz de causar um desfecho trágico ao seqüestro, o mesmo jovem tinha a convicção que o apartamento seria invadido pela polícia, por isso, mesmo após cinco dias sob tensão, o seqüestrador ainda resistiu à prisão, lutando contra os policiais.
Ao final dessa história real, Eloá, como a Desdêmona da história fictícia, é vítima da ação ignominiosa de um homem que troca o agir segundo a razão pela atitude segundo o instinto, comportando-se como um ser de alta periculosidade, diferente do Linderberg conhecido pela família e apresentado na cobertura do seqüestro.
Vanderlúcio Souza
8 de nov. de 2008

Nosso tempo é testemunha do avanço tecnológico e chegamos à era da portabilidade, tudo convergindo para um só lugar, “na área multimídia podemos aqui fazer tudo, uma simples câmara e editamos imagem, o som brutal do leitor MP3 e rádio WiFi. A conectividade permitirá a troca de informação simplificada, portas USB, Bluetooth, Firewire, WiFi, GPRS, UMTS, VOIP e IPTV”, afirma Vítor M. do site Peopleware.
Paulo, o Apóstolo inflamado de parresia, em sua evangelização foi inovador no método e nos meios de anunciar o Evangelho. Não se restringiu à oralidade para testemunhar Jesus Cristo lançou mão da escrita para obter êxito na conquista e formação de novos cristãos.
Na época o Apóstolo dos gentios utilizou-se das estradas construídas pelo império romano a fim de escoarem melhor os tributos e favorecer o deslocamento das tropas, além de agilizar a comunicação entre os grandes centros urbanos,a cada 30 km existiam postos de correios com hospedaria e cavalos descansados.
De Paulo a nossos dias nos separam praticamente dois mil anos. Nesse longo hiato de tempo o Evangelho não mudou, entretanto, a forma de anunciá-lo multiplicou-se com o avanço tecnológico e não podemos ficar à margem das tecno-vias que nos apresenta o mundo pós-moderno.

O papa Bento XVI toca em pontos nodais em seu pontificado sendo um deles a evangelização através dos diversos meios de comunicação social existentes. E como um profundo conhecedor de seu tempo não exita em utilizar-se desses recursos para lançar a boa semente do evangelho.
A JMJ 2008, o encontro do papa com os jovens de todo mundo teve a cara e a linguagem dessa geração. O papa enviou torpedos, telões de LED foram espalhados no meio da multidão formando "outdoors digitais de oração", um site de relacionamento, uma espécie de facebook católico (http://www.xt3.com/) foi criado por ocasião da Jornada e o papa também enviou mensagem a essa comunidade virtual de relacionamento.
O site do Vaticano é um primor de visibilidade; A Home Page do estado do Vaticano possui diversas câmeras que mostram em tempo real imagens de diversas partes da cidade como da Praça de São Pedro e do túmulo de João Paulo II.
A messe virtual é enorme e os operários são poucos, pouquíssimos. E poderíamos nos perguntar parafraseando Paulo, “Como haverá fé nesse ambiente virtual se não há quem pregue?” Como haverá anúncio eficaz se não existe quem o faça com qualidade e tecnologia de ponta?
A pessoa de Jesus Cristo precisa ser ministrada ao homem de hoje com beleza e fascínio no cyber espaço e isto se faz através de um planejamento ousado que possibilite investimento de cada instituição católica em TI (tecnologia de informação).
Os sites, blog’s, fotolog’s, flickr,rss, podcast, videocast, twitter,Second Life, Celulares dentre outras, são infovias, ainda, pouco utilizadas pelos católicos para difusão do evangelho.
Todos esses meios estão à disposição e quando são orientados para a evangelização e formação agrada os internautas. Prova disso foi a iniciativa de Dom Francisco Paulo Machado, bispo de Uberlândia que criou um blog sobre liturgia, no início de 2008.
O blog liturgiaemfoco.zip.net é hospedado gratuitamente num site de referência para a blogosfera nacional, não dispõe de muitos recursos visuais e, mesmo assim, atrai centenas de visitantes todos os dias. É bem verdade que o blog poderia ser alimentado com maior freqüência pela grande importância do tema tratado e a riqueza de ensinamento contida nos posts.
Diante do vasto campo a desbravar poderíamos pensar como seria diferente os processos burocráticos de uma cúria, secretaria paroquial ou Nova Comunidade informatizados. E o que dizer da possibilidade de se fazer inscrições para cursos, encontros e retiros on-line? Poder retirar documentos importantes pela internet como certidão de batismo, crisma, etc; ter a bíblia e liturgia das horas digitalizada em todas as versões ou mesmo “falada” na memória de um mp3, ipod e congêneres; ter centros de formação virtual ou semipresencial integrados permitindo, por exemplo, a participação de especialistas de outros estados e países em videoconferência...
Bem, os meios de comunicação com suas ferramentas estão são amorais, depende da ação de cada evangelizador do século XXI transformá-los em arautos da verdade, em telhados dos quais se propaga com franqueza e ousadia a Boa Nova da paixão, morte e ressurreição de nosso Senhor, Ele que é sempre real, mesmo no mundo virtual.
Quase nada fizemos até aqui nessa área! Mas isso não nos deve desanimar, contamos com a graça de Deus que pode transformar o tempo virtual perdido em Kairós e assim atingirmos a muitos com a força do evangelho.
Em tempos de portabilidade da comunicação o evangelho não pode ficar de fora. Assim como a Bíblia esteve no início da imprensa escrita precisamos levá-la com todo seu conteúdo para a era da portabilidade.
Vanderlúcio Souza
7 de nov. de 2008
NO DIA SEGUINTE

Ela lembrava-se de outra noite também tempestuosa em sua vida. Era o março de 2003. Carol e os amigos tinham escolhido passar um final de semana agitado na praia de Icaraí, Ceará. Ainda no carro comentava com sua amiga Bruna, "esse final de semana promete...", disse mascando o chiclete, revirando a bolsa e mostrando para a colega o 'kit', dito indispensável para as baladas, que continha entre outras coisas camisinhas.
Estas lembranças de Carol foram cortadas bruscamente com pancadas fortes na porta. A chuva intensificou-se. A mãe apavorada tomou em seus braços Camila. Quieta, a pequena de bochechas rosadas e olhos claros olhava a mãe aflita e dizia-lhe sem parar:"Mamãe não abandone-me!"
Um estrondo ainda maior fez-se ouvir. Carol aterrorizada contra a parede ouvia passos velozes em sua direção. A jovem mãe não acreditava no que via à sua frente. Tratava-se de uma espécie de porco selvagem que rosnava ferozmente e aproximava-se com suas presas afiadas e olhos arregalados fixos em sua filha.

"Calma Carol, calma! Você teve um pesadelo, acalme-se." disse Bruna, amiga de Carol apertando-lhe contra o peito.
Carol suava incontinente. Soltando-se de Bruna corre ao banheiro e puxa da gaveta uma cartela de comprimidos desfalcados de pílulas do dia seguinte. Com o olhar fixo para o nada, arriando-se até o chão lembrava-se do pesadelo e perguntava para si mesma qual daqueles comprimidos havia roubado-lhe Camila naquele final de semana de março de 2003.
Vanderlúcio Souza
6 de nov. de 2008

Pior que ouvir é constatar a cultura ‘gerúndica’. Por um lado estão os políticos sempre prometendo um arrazoado de avanços sem cumpri-los, observamos uma constelação de ‘estrelas fugazes’ que nem curso básico de teatro fazem e que estão brilhando na mídia e, de outro, nós, tentando viver, tentando dirimir os problemas quotidianos que se precipitam sobre nós e nos impedem, tantas vezes de usar verbos como consegui, conquistei, trabalharei, falhei, recomeçarei, amo! servirei, perdoei.
Ao ler a Bíblia nos deparamos com Deus que fala a Abraão: ‘farei de ti o pai de uma multidão de povos’ (Gn 17,5), que se revela a Moysés, ‘Eu sou, o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’ (Ex 3,6), e que se declara ao povo escolhido: ‘É meu povo de Israel, esses homens que farei nascer sobre o vosso solo; serás a sua posse e herança, e não os privarás mais dos seus filhos (Ez 36,12).
O Deus de Israel não fala no gerúndio!
No Novo Testamento Jesus, o Verbo de Deus, assim como o Pai, também não fala no gerúndio. Seu ensinamento é claro, objetivo, exeqüível e não dá margem para interpretação dúbia: Amai-vos, perdoai, orai, vigiai, isto é o meu corpo, isto é o meu sangue, eis que venho em breve, em verdade em verdade vos digo, o zelo da tua casa me consome, etc.

Quanto a nós somos contingentes, somos seres necessitados. Nossa linguagem, não poderia ser diferente, expressa nossa limitação. Por conta disso, faz-se necessário haurir do Verbo de Deus a linguagem da Caridade que não fica esperando irmos a Ele, ao contrário, resolutamente, vem a nós e nos envia a amar e servir sem protelar.
A cultura do ‘gerundismo’, reflexo de tempos de relativismo prático, demonstra a falta de objetividade e, o pior, a falta de sentido de vida. Nossa cultura, infelizmente, nos mal acostuma a permanecer na indiferença e no ódio, vivendo vidinha mais ou menos, amargando desilusões, joeirando palavras vãs. A cultura do Verbo Encarnado, ao contrário, nos faz ir, nos põe em movimento, em ação, estabelece metas e objetivos, circunscreve o tempo, abre-nos novos horizontes.
Quem insiste em permanecer vivendo em círculos, sem ordenar sua vida para o amor não descobre o que é viver a fascinante aventura do amor, eterno movimento de doação e reciprocidade, contínua passagem do gerundismo para o verbo, do estado néscio para a virtude,
Vanderlúcio Souza
5 de nov. de 2008
O OUTRO LADO DO ARCO ÍRIS

A mass mídia, na maioria das vezes, divulga as notícias relacionadas ao homossexualismo com ênfase e repetição. As novelas, por sua vez apostam nas separações dos casais e uniões felizes para sempre de pessoas do mesmo sexo. Idéias que são repetidas até parecer coisa comum.
O sistema de saúde pública brasileiro, de um lado é ineficaz, impotente e falho no atendimento a muitas necessidades básicas à população, por outro, apresenta-se como financiador das cirurgias de mudança de sexo. Cada mutilação despenderá aos cofres da saúde pública em torno de R$ 12.000,00.
A palavra homofobia, cujo significado no dicionário de Aurélio Buarque é, “aversão a homossexuais ou ao homossexualismo”, torna-se uma palavra politicamente correta para impor, respaldado pela lei, uma cultura gay. O simples fato de não se concordar com uma postura homossexual, a pessoa é, não rara vezes, considerada homofóbica. Leis tramitam no congresso e imputam penas de cinco anos a quem se enquadrar no “crime”.
Por trás da bandeira do arco íris parece existir uma gama de interesses escusos movidos por aproveitadores, entre eles, alguns políticos, interessados em voto, outros, o holding empresarial gay e simpatizante. Estes mobilizam todos os setores da sociedade e criticam os discordantes.
Enquanto isso milhares de pessoas, profundamente amadas por Deus, sofrem no silêncio de suas consciências por não terem a coragem de nadar contra a maré e encontrar a verdadeira felicidade, aspiração pulsante no coração de cada pessoa. Sou da opinião que a felicidade é plena quando, cada um, na sua identidade original faz a experiência do seu dom de si.
Vanderlúcio Souza